Parte I – DEFINIÇÃO E OBJETIVO
Devido o
expressivo surgimento de diversas denominações cristãs e outras seitas
sincréticas na atualidade, fez-se necessário registrar nesse manual as
declarações de fé e conduta, usos e costumes adotados pela Igreja Batista
Plenitude de Jaú que nos distinguem do neoevangelicalismo contemporâneo.
O foco desse
trabalho é mostrar de forma prática àqueles que pretendem ingressar em nossa comunhão
qual é a nossa identidade como Igreja.
Esse
material não tem a menor pretensão de se equiparar a Bíblia Sagrada no que tange
à autoridade como regra de fé e prática, mas apenas sintetizar a interpretação
que se dá das leis, preceitos e estatutos contidos nela do ponto de vista da
Igreja Batista Plenitude de Jaú.
Parte II – DENOMINAÇÃO
O Nome – Igreja Batista Plenitude
Igreja - porque
somos uma congregação local e autônoma formada por pessoas crentes em Jesus
Cristo, reunidos com o propósito comum de adorar a Deus e prestar-lhe culto,
estudar a Bíblia Sagrada, viver a experiência da comunhão e do serviço mútuo.
Batista – porque praticamos o batismo por imersão e
exclusivamente de crentes regenerados como um ato de publica profissão de fé,
voluntária e consciente, devendo por tanto ser feito somente por aqueles que
livremente atendem ao chamado de Jesus a Salvação.
Plenitude – Porque
cremos que fomos salvos com a plenitude da Graça de Deus, temos recebido a
plenitude Espírito Santo pelo qual formamos um corpo, somos capacitados para
pregarmos a plenitude do Evangelho em todo mundo e vivermos a plenitude da Vida.
Nosso Logotipo
O logotipo
da Igreja Batista Plenitude de Jaú leva em si a função de imprimir pela
linguagem visual o conceito básico de nossas crenças, nossa visão e nosso caráter
como Igreja.
O Livro – representa a Bíblia Sagrada, nossa
única e suficiente regra de fé e prática, incontestável e completa fonte de
doutrina, sem a qual não poderíamos tomar ciência do pecado e da necessidade de
arrependimento para a salvação. Ele também simboliza Jesus, o Verbo Vivo.
A Fita Demarcadora – colocada do lado
direito, assinalando o Novo Testamento, representa o presente tempo em que vivemos
na dispensação da Graça de Deus.
A Chama – descrita na Bíblia como a forma
visível pela qual o Espírito Santo foi visto ao descer sobre os discípulos no
dia de pentecostes, representa a virtude do Espírito Santo que nos capacita
para sermos testemunhas fieis do Evangelho de Jesus Cristo. Ela representa
também a luz da Igreja em meio às trevas do presente século.
O Nome da Igreja – colocado em
formato semicircular lembrando o sol nascente simboliza nossa peregrinação
sobre a terra buscando aperfeiçoamento diário, como o romper da alva que vai
surgindo até se tornar dia perfeito.
Nosso Lema
Anunciando Novas de Salvação –
É o nosso dever como Igreja militante anunciar o Evangelho, as boas novas de
salvação. Todo crente em Jesus Cristo é uma testemunha e também um embaixador do
Reino de Deus responsável por propagar individual e coletivamente a mensagem do
Evangelho pelo mundo.
Parte III – PRINCÍPIOS BATISTAS
Os batistas
se distinguiram através da história dos demais grupos protestantes por se
colocarem na vanguarda de vários aspectos doutrinários, entre eles destacamos:
a suficiência da Bíblia como autoridade doutrinária; a separação entre Igreja e
Estado; o respeito à liberdade de consciência e a prática do credo-batismo.
A Autoridade da Bíblia
Temos na
Bíblia a nossa única regra de fé e prática. Os batistas creem na inspiração
total das escrituras, na sua inerrância e preservação através dos séculos. Não
se obrigam a subscrever nenhuma outra literatura, credos ou catecismos
paralelos as Escrituras.
Separação entre Igreja e Estado
Defendemos a
necessidade da separação entre Igreja e Estado, pois o único soberano com
direito a exercer governo sobre a Igreja é Jesus Cristo, seu Rei e Senhor.
Somos favoráveis à laicidade do Estado de forma que assegure a seus cidadãos a
igual liberdade à manifestação de crença religiosa, e do ceticismo.
Liberdade de Consciência
Reconhecemos
ser inalienável a liberdade de consciência e de religião de todas as pessoas. Todo
homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião, escolher ou mudar sua crença,
propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando os direitos e
convicções alheias. Cultuar a Deus tanto particular quanto publicamente,
convidar outros a participarem nos cultos e atividades de sua religião e contribuir
liberalmente com seus bens e talentos para a realização de sua missão. Tal
liberdade não é um privilégio para ser concedido, proibido ou tolerado pelo Estado,
ou outra organização qualquer, mas é um direito conferido por Deus.
Credo Batismo
Os Batistas
se caracterizaram desde o princípio de sua história por aceitarem como membros
ativos de suas congregações, somente crentes confessos e regenerados, os quais
eram batizados sempre por imersão em publica profissão de fé.
Não
praticamos o batismo-infantil nos recém-nascidos, pois cremos que os tais não
tem consciência da culpa pelo pecado, da necessidade de arrependimento, da
salvação e do juízo de Deus.
Rebatizamos todos
os crentes oriundos de outras denominações que praticam o batismo-infantil,
batismo por procuração, ou mesmo o credo batismo feito, porém por aspersão ou
efusão, daí deriva a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma
simplificada do termo “anabatista”, que significa “aquele que batiza de novo”.
Parte IV – DECLARAÇÃO DE FÉ
O Deus Verdadeiro
Cremos em um
único Deus1 completamente Santo2, Justo3, Fiel4 e Verdadeiro5, que é o único
digno de adoração, louvor e culto6. O Deus
Onipotente7, Onipresente8
e Onisciente9, que existe eternamente nas
três pessoas da Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo10.
Seus atributos pessoais são exclusivos de sua natureza11.
Deus não foi criado, sendo ele próprio a causa da sua existência12. Todas as coisas estão sob seu controle segundo sua
soberana vontade13.
1- Dt. 32: 39; 2-
Is. 6: 3; 3- Sl. 92: 15; 4- II Tm. 2: 13; 5- Nm. 23: 19; 6- Lc. 4:
8 ; 7- Jó 42: 2; 8- Sl. 139: 7; 9- Jr. 23: 24; 10- I Jo.
5: 7; 11- Dt. 33: 26; 12- Is. 43: 13; 13- Mt. 10: 29.
Deus, o Pai
Deus, como
único Criador, manifesta-se como um Pai para a Criação. Historicamente ele se
revelou primeiro como Pai ao povo de Israel, o qual elegeu segundo os
propósitos de sua graça1. Ele é Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo2, a quem enviou a
este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção3. Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele creem são
feitos filhos de Deus4, nascidos pelo
seu Espírito5, e assim, passam a tê-lo como
Pai celestial, dele recebendo cuidado6 e disciplina7.
1- Is. 41:8; 2-
II Co. 1: 3; 3- Ef. 1: 5; 4- Jo. 1: 12; 5- Rm. 8: 15; 6- Sl. 103:
13 7- Hb. 12: 6-7.
Deus, o Filho
Deus se
manifestou ao homem como o Filho1 encarnado na pessoa de Jesus de Nazaré2, nosso Senhor e Salvador.
Ele é o Verbo Vivo de Deus que deu origem a toda criação3.
Ele Existe com o Pai de
eternidade em eternidade4, no passado como o Verbo e agora como Jesus Cristo Homem, sendo ele
mesmo o único mediador entre Deus e o homem5. Ele se deu na cruz como sacrifício
completo e final pelo pecado6. Como nosso Senhor ressurreto vive para todo
sempre a fim de interceder por nós junto ao Pai7 até o dia em que virá segunda vez em sua glória8 e Seu Reino futuro não terá fim9.
1- Jo. 14: 9; 2- Cl.1:
13-15; 3- Jo. 1: 1-3; 4- Ap. 1: 8 5- I Tm. 2: 5; 6- Hb. 9:
28; 7- Hb. 7: 25; 8- At. 1: 10-11; 9- Ap. 11: 15.
Deus, o Espírito Santo
Cremos em
Deus, o Espírito Santo, o Consolador1 responsável pela
regeneração, ou seja, o novo nascimento espiritual2.
Ele foi enviado pelo Pai a pedido do Filho3. Sem a ação do
Espírito Santo não há arrependimento para a remissão de pecados, pois Ele é quem
convence o homem do pecado e instrui o crente na verdade e justiça4. Ele vive nos crentes e capacita-os para o testemunho5 e o serviço, dando-lhes dons espirituais6. O Espírito Santo moveu os reis, juízes, sacerdotes,
profetas e os apóstolos de Jesus Cristo para escreverem as Sagradas Escrituras7. Ele garante a salvação alcançada por Jesus8 nos selando para o dia da redenção9.
1- Jo. 14: 16; 2-
Tt. 3:5; 3- Jo. 15: 26; 4- Jo.16: 7-8; 5- At. 1: 8; 6- I Co.
12: 7; 7- II Pe. 1: 21; 8- Ef. 1: 13-14; 9- Ef. 4: 30.
A Bíblia Sagrada
A Bíblia
Sagrada é a inerrante Palavra de Deus1. Ela foi dada por
Deus através de homens santos que escreveram movidos pelo Espírito Santo para
nos ensinar, corrigir e instruir em justiça2.
Cremos na segura
preservação do texto bíblico através dos séculos3.
É um dever
do cristão de estudar a Bíblia, com mente aberta e com caráter reverente4, buscando o sentido de sua mensagem, através de investigação5 e oração, gerindo a vida sob a sua disciplina e instrução6.
Sendo nossa
exclusiva regra de fé e conduta, aceitamos que seu o cânon é formado dos
sessenta e seis livros, de Gênesis a Apocalipse, sendo aceitos como seus originais
apenas os textos tradicionais, Massorético para o Antigo Testamento e Textus Receptus para o Novo Testamento. Aconselhamos
para culto público e para o estudo bíblico o uso de traduções feitas a partir desses
originais em equivalência formal.
1- II Sm. 22: 31; 2- IITm.
3: 16; 3- Lc. 21: 33; 4- Sl. 1: 2; 5- Jo. 5: 39; 6- Js. 1:
8.
A Criação
Cremos ter Deus
trazido à existência todas as coisas visíveis e invisíveis a partir do nada1. Reconhecemos o relato da criação no Gênesis como literal
e não alegórico ou figurado2. A criação não
foi resultado de uma mudança evolucionária das espécies ou de desenvolvimento
de intermináveis períodos de tempos de formas mais simples para mais complexas.
Toda vida animal e vegetal foi feita diretamente por ordem de Deus segundo suas
espécies3.
1- Hb. 11: 3; 2-
Ex. 20: 6; 3- Gn.1
A Humanidade
O homem foi
criado à imagem e semelhança de Deus1 e é a obra mais
nobre de toda a criação2. Os seres humanos
têm responsabilidades morais3 e foram criados
para gozar de comunhão com Deus e com os demais semelhantes4.
1- Gn. 1: 27; 2-
Sl. 8: 4-5; 3- Gn. 2: 15-20; 4- Gn. 3:8.
A Depravação
Cremos que o
homem foi criado em santidade, sob a lei de Deus1,
mas caiu desse estado santo e feliz, por violação voluntária das recomendações
de Deus2, em decorrência disso toda a
humanidade tornou-se pecadora3, não por
coibição, mas de livre escolha, sendo por natureza destituída inteiramente da
santidade que a lei de Deus requer4, e inclinada à
prática do mal5, estando, sem
defesa, condenada com justiça à perdição eterna6.
1- Gn. 2: 15-17; 2-
Gn. 3: 6-7; 3- Rm. 5: 12; 4- Rm. 3: 23; 5- Sl. 14: 3; 6- Jo. 3:
18-19.
A Salvação
A Salvação é
a expressão máxima do amor de Deus na redenção por meio da morte e ressurreição
de Jesus Cristo1, e só é recebida
gratuitamente, por fé2. Cremos que todos
os que se arrependem do pecado e recebem a Cristo como Salvador, não serão
punidos no juízo final, mas gozarão da vida eterna com Deus3.
1- Rm. 5: 8; 2-
Ef. 2:8; 3- Jo. 5: 24.
A Eleição
Eleição é a
escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida
eterna1, não por algum mérito, mas segundo a
riqueza da sua graça. Desde a fundação do mundo, Deus, no exercício da sua
soberania divina e à luz de sua presciência2, conheceu,
predestinou, chamou, justificou e glorificou3
aqueles que, no decorrer dos tempos, receberiam livremente o dom da salvação4. A eleição está em perfeita harmonia com a
responsabilidade humana.
1- Ef. 1: 4; 2- I
Pe. 1: 2; 3- Rm. 8: 29-30 4- At. 2: 41.
A Graça
A Graça é o
imerecido favor de Deus, a provisão misericordiosa do Pai para a condição do
homem perdido e espiritualmente morto1. Devido à sua
natureza impura, o homem não pode salvar-se a si mesmo2.
A salvação não é o resultado dos méritos humanos3,
antes decorre do propósito e da iniciativa divina4.
A redenção do pecado é o presente de Deus através de Jesus Cristo,
condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus e pela fé em Jesus
Cristo5.
1- Rm. 3: 24; 2- Jr.
2:22; 3- Ef. 2: 8-9 cf. Tt. 3: 5; 4- Fl. 2: 13; 5- Rm. 6: 23b.
Arrependimento e Fé
Cremos que o
arrependimento e a fé são obrigações solenes e também graças inseparáveis1 operadas em nossas almas por obra do Espírito Santo2, pelas quais, sendo francamente convictos de nossa
culpa, nos voltamos para Deus em aberta confissão, recebendo e professando a Jesus
Cristo como único Senhor e suficiente Salvador3.
1- Mc. 1:15; 2- Jo.
16: 8; 3- Rm. 10: 10.
A Segurança dos Salvos
A salvação,
que vem através da graça, pela fé une definitivamente o homem com Deus em
Cristo1, e se evidencia por uma vida de santificação
e boas obras2. A mesma graça, por meio da
qual a pessoa alcança a salvação, dá a segurança do perdão contínuo de Deus3 e de seu auxílio na vida cristã4. Nada pode nos separar do amor redentor de Deus em
Cristo Jesus5. Todos os crentes verdadeiros
estão selados por Deus, com Espírito Santo6 que é o penhor da
salvação7 e de maneira nenhuma serão lançados
fora dessa graça8. A Salvação do
crente é um dom imperecível.
1- Jo. 10: 28; 2-
Gl. 5: 22; 3- I Jo. 1: 9; 4- Rm. 8: 28; 5- Rm. 8: 39; 6- Ef. 4:
30; 7- Ef. 1: 13-14; 8- Jo. 6: 37.
A Santificação
O Cristão em
novidade de vida não vive mais a sua própria vontade, mas a de Cristo1. A fé é seu estímulo e o meio pelo qual se dão todos
os seus relacionamentos sociais, familiares e religiosos2.
O pecado na vida do crente é uma exceção3, embora ainda
peque, por causa da natureza humana, Deus o leva à tristeza pelo pecado, para o
arrependimento4. Quem é selado
com o Espírito Santo não peca deliberadamente, mas persevera na doutrina, na
comunhão, nas orações5 e na santificação6.
1- Gl. 2: 20; 2-
Hb. 10: 38; 3- I Jo. 5: 18; 4- II Co. 7: 10; 5- At. 2: 42; 6- Hb. 12:
14.
A Vida Eterna
O Senhor Jesus
Cristo ressuscitou dentre os mortos e vive eternamente ao lado do Pai para
interceder pelos crentes. A vida eterna inicia-se no conhecimento do evangelho
através da fé em Jesus Cristo1. Através de sua morte
e ressurreição o cristão recebe o dom da ressurreição do corpo espiritual2, incorruptível e imperecível na consumação dos
séculos3.
1- Jo. 5: 24; 2-
Rm. 6: 8-9; 3- I Co. 15: 51-53
A Igreja
Igreja de Deus
é constituída de crentes salvos ligados pelo Espírito Santo formando um corpo1 do qual Cristo é a cabeça2.
O fundamento da Igreja é a confissão de fé em Jesus Cristo como o unigênito
Filho de Deus3.
1- I Co. 12: 13; 2- Cl.
1: 18; 3- Mt. 16: 18.
Seu Caráter
Cremos que a
igreja local é uma congregação de crentes batizados numa relação de aliança,
para culto a Deus, amizade e serviço mútuos, praticando e proclamando
convicções comuns, enquanto cresce na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo1. Cremos no
sacerdócio de todos os crentes e procuramos trabalhar juntos para um testemunho
mais efetivo2.
1- At. 2: 41-47; 2-
Ap. 1:6.
Sua Origem
Do ponto de
vista histórico ela surge como autêntica obra da autoria de Cristo1, pela fundação do ministério apostólico2 dado por Jesus a seus discípulos, seguido da grande
comissão3. Depois da ascensão de Cristo e com o
derramamento do Espírito Santo os seus discípulos começaram a se reunir em
grupos fraternais4 para pregar e ensinar
o evangelho, e treinar outros para serem discípulos, diáconos, e presbíteros
para a execução dos serviços religiosos e a evangelização mundial.
1- Mt. 16: 18; 2-
Lc. 6: 12-13; 3- Mt. 28: 18-20; 4- At. 2: 44.
Seu Governo
Vemos o sistema
democrático participativo como o sistema bíblico de governo eclesiástico. A
própria igreja local por meio de seus membros é a responsável pela eleição e
ordenação de seus dirigentes que governam e administram-na espiritual e legalmente
sob a orientação divina1. Todo membro deve
tomar parte nas decisões na igreja local com direito ao uso da palavra e ao
exercício do voto.
1- At. 6.
Seus Oficiais
A Igreja possui oficiais, que são membros da
igreja local, eleitos e ordenados pela Assembléia Geral1.
São divididos em dois grupos: presbíteros2 e diáconos3. Os presbíteros são os oficiais responsáveis pelos
ministérios da palavra e da oração4, os diáconos são
responsáveis pelo serviço cotidiano5.
Cremos que Deus dá os oficiais da Igreja6: Missionários, Pregadores, Evangelistas e Pastores
professores, portanto, os seus ministérios não são títulos nem cargos. Os
ministérios são dons dados soberanamente pela graça de Deus, para o ensino, a
edificação, o consolo e o governo da Igreja7.
É
dever dos oficiais instruir e preparar outros homens idôneos para servir
futuramente no ministério8. É exigido do
oficial que ele seja, homem de boa reputação9.
1- At. 14: 23; 2-
ITm. 3: 1-7; 3- ITm. 3: 8-13; 4- At. 6: 4 e T. 5: 14; 5- At. 6: 1-3; 6- Ef. 4: 11; 7- Rm12:
6-8; 8- IITm. 2: 2 e Tt. 1: 5; 9- Tt. 1: 6-9.
Ordenação feminina
Quanto à ordenação feminina: Cremos que não é
bíblica a prática da ordenação, nomeação ou eleição de mulheres para o ofício
pastoral da igreja local1.
Fica reservado paras as mulheres as
atividades diaconais2, o ensino das
crianças e das mulheres mais jovens3; e a oração4.
1- ICo. 14: 34-37 e ITm. 2: 11-14; 2- ITm. 3: 8-13; 3- Tt.
2: 3-4; 4- At. 1: 14.
Suas Ordenanças
O Batismo1 e a Ceia do
Senhor2, as duas ordenanças deixadas por Jesus
à igreja, são símbolos da redenção, mas sua observância envolve realidades
espirituais na experiência cristã. Tanto o Batismo quanto a Ceia do Senhor não
são sacramentos indispensáveis à salvação, mas apenas seus símbolos.
1- Mc 16: 16; 2- I
Co. 11: 17: 34.
Batismo nas Águas
Cremos que o
Batismo nas Águas em publica profissão de fé é o sinal do crente confessando
Jesus diante dos homens1. O batismo do
crente é um ato único e intransferível de fé2.
Ele não produz salvação, apenas expressa a obediência do crente a ordenança do
seu Senhor.
O batismo feito
por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo3,
é o símbolo da morte para o pecado e novidade de vida em Cristo4. Deve ser feito em conjunto da profissão de fé apenas
por aqueles que estão conscientes do arrependimento e da salvação.
1- At. 2: 41; 2-
Ef. 4: 5; 3- Mt. 28: 19; 4- Cl. 2: 12.
Ceia do Senhor
A Ceia do
Senhor é o memorial da paixão e morte do Senhor Jesus1.
É um ato simbólico desassociado da transubstanciação ou consubstanciação.
O pão e o
vinho representam o corpo e o sangue de Cristo respectivamente. O pão nos
lembra de sua palavra, o verdadeiro alimento espiritual do crente2. O vinho nos lembra da aliança de Deus feita no
sangue Jesus3.
A frequência
com que deve ser celebrada a Ceia do Senhor, não está declarada nas Escrituras,
por isso fica a critério de cada igreja local. Cremos que deva ser praticada com
regular frequência.
1- Mt. 26: 26-30; 2-
Mt. 4:4; 3- Hb. 9: 14-15.
Batismo com o Espírito Santo
Batismo com
o Espírito Santo1 é o mesmo que
conversão ou o novo nascimento2. Todo crente em
Jesus recebe o Espírito Santo no momento em que confessa a Cristo como seu único
Senhor e suficiente Salvador pessoal3. Ele não é uma
segunda iniciação, nem segunda benção e não está ligado ao recebimento de dons,
mas a salvação4.
1- Lc. 3: 16; 2- Jo.
3: 3-9 3- Ef. 1: 13; 4- Ef. 4:30.
Os Dons Espirituais
Os Dons
Espirituais são instrumentos pelos quais Deus traz edificação pessoal e
consolação à Igreja1. São distribuídos
pelo Espírito Santo, conforme a sua soberana vontade2.
É dever de cada cristão buscar com esmero os melhores dons espirituais3, exercitando-os com ordem e disciplina4, no amor e no temor de Deus5.
Cremos na continuação
da manifestação dos dons espirituais de forma pura e exata. Na sua
funcionalidade, na sua utilidade e nos seus resultados práticos, cuja operação
está totalmente desassociada de adivinhações, agouros, feitiçarias e práticas religiosas
censuradas pelas Escrituras.
1- I Co. 14: 12; 2-
I Co. 12: 7 3- I Co. 12: 31; 4- I Co. 14: 26-40; 5- Rm. 12: 5-10.
O Culto
O culto a
Deus é a expressão maior da fé e da piedade cristã. É tanto um dever, quanto um
privilégio. Sua prática pode ser pessoal ou coletiva, congregacional e também
doméstica.
O culto deve
ser racional e coerente com a natureza de Deus na sua santidade1. É uma experiência, portanto, de adoração e confissão
que se expressa com temor e modéstia. O culto não é apenas um ritual, mas o
relacionamento com o Deus verdadeiro. Não é meramente um serviço religioso, mas
é a comunhão com Deus na realidade do louvor, na pureza do amor e na beleza da
santidade.
O culto
torna-se expressivo quando combinadas, a ordem e a decência2,
com a inspiração divina, o anúncio do evangelho e atuação do Espírito Santo. O
resultado de tal será uma consciência mais profunda da santidade, majestade e
graça de Deus3.
Quanto a sua
pratica, o programa do culto deve ser adequado aos fins de cada reunião.
Recomenda-se respeito aos horários anunciados na programação da igreja. Quanto
aos dias de culto, a igreja tem liberdade ampla para determiná-los, a bem da
membresia, preocupando-se não só com a quantidade, mas muito mais com a
qualidade.
1- Rm. 12: 1-2; 2-
I Co. 14: 40; 3- Hb. 10: 25-27
Mordomia Cristã
A mordomia cristã
é o uso, sob a orientação divina, da vida, dos talentos, do tempo e dos bens
materiais, na proclamação do Evangelho e na prática respectiva. Ela é baseada
no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus1.
A
responsabilidade da mordomia aplica-se, não somente ao cristão como indivíduo,
mas, também, a igreja local na sua coletividade. Aquilo que é confiado à igreja
não deve ser entesourado nem gasto de forma egoísta, mas empregado a serviço da
humanidade e para a glória de Deus2.
1- I Cr. 29: 10-14; 2-
II Co. 9: 12.
Contribuição e ofertório
O cristão
pode e deve contribuir ativamente com seus bens para a manutenção e sustento da
igreja1 e de seus ministros2, além da realização de seus objetivos e o avanço da
propaganda do Evangelho no mundo.
As doações
de bens pessoais é um ato de fé e devem ser realizado de forma voluntária e
liberal, livre de coibição, promessas e chantagem3.
1- II Co. 9: 6-12; 2-
Gl. 6: 6; 3- Rm. 12: 8
Descanso e Dia do Senhor
Entendemos
que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor e o dia do descanso cristão
satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um dia em
sete para o repouso.
Segundo a
tradição apostólica e os relatos bíblicos do Novo Testamento, o domingo é o dia
em que nosso Senhor ressuscitou1 e é também o dia
em que o Espírito Santo foi derramado2, razão pela qual
foi o principal dia de reuniões entre os primeiros cristãos3,
por isso o consagramos a propósitos piedosos, como oração, estudo bíblico,
culto e adoração, com a abstenção do trabalho secular quer privado quer
público, a exceção daquele que seja imprescindível e indispensável à vida da
comunidade, devendo nesse caso ser adotado outro dia para o descanso pessoal4. É nosso principal dia de reunião com propósito de
culto. É também a preparação para aquele repouso que resta ao povo de Deus.
1- Jo. 20:1; 2-
At.2: 1-4 3- I Co. 16: 2; 4- Rm. 14: 5.
Educação Cristã e Discipulado
A
aprendizagem cristã tem início na entrega da vida à direção de Cristo.
Desenvolve-se à proporção que a pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus
ensinamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo somente se obedecê-la.
Essa submissão demanda a entrega das ambições e anseios particulares e a
obediência à vontade de Deus. A obediência que levou Cristo à cruz demanda de
cada discípulo que tome a sua própria cruz e siga-o.
O levar a
cruz ou negar-se a si mesmo, se manifesta de várias formas na vida do discípulo1, sendo que este buscará primeiro o reino de Deus e a
sua justiça2, sua fidelidade maior será a Deus3, ele será fiel em executar o mandamento Bíblico.
O ensino e
treinamento são essenciais para o discípulo de Jesus desempenhar sua comissão.
Eles são indispensáveis ao progresso do caráter cristão4.
Devem começar no nascimento do homem e continuar através de toda sua vida.
É dever dos
pais e da igreja, divinamente orientados fazê-lo e compõem o caminho da
maturidade cristã. Devemos treinar pessoas idôneas para que expandam o Reino de
Deus através da proclamação do Evangelho5.
1- Mt. 16: 24; 2-
Mt. 6: 33; 3- At. 5: 29 4- Hb. 6: 1-3; 5- II Tm. 2: 2.
Evangelização
Jesus Cristo
comissionou os seus discípulos a proclamarem o Evangelho, fazendo discípulos em
todas as nações, batizando-os e ensinando-os à observância de tudo aquilo que
Ele ordenou1. Nós somos chamados para sermos
testemunhas2 fieis de Cristo para todo o mundo através
de palavras e de obras.
Somos contra
a prática de proselitismo3, entre batistas, presbiterianos,
pentecostais e outros grupos protestantes (históricos ou tardios), mas nosso
principal foco é alcançar aquelas almas que estão no engano religioso, na
heresia ou total desconhecimento da verdade da graça de Deus.
1- Mt. 28: 20; 2-
At. 1:8; 3- Rm. 15: 20.
Parte V – USOS E COSTUMES
Definição
Entende-se
por usos e costumes, o conjunto de conhecimentos populares e hábitos que
distinguem os grupos sociais.
Considerados
como temas culturais, cremos que tais hábitos não podem causar reprovação ao
crente desde que consonantes à Bíblia.
Cuidamos
para que essas atitudes não causem um zelo excessivo que ocupe mais a vida
cristã do que a doutrina bíblica.
As Saudações
As mais
usuais são: Graça e Paz, e a Paz do Senhor. Não há indicação bíblica
particular.
Prática de Esportes e Lazer
É evidente que
a prática esportiva contribui para o desenvolvimento físico, psíquico e social,
propiciando ao indivíduo descarregar suas tensões, livrando-o do stress e da
depressão, males que são tão comuns em nossos dias além de prevenir outras doenças
causadas pelo sedentarismo.
O cuidado
com a saúde é requisito para aqueles que desejam servir a Deus por mais tempo.
Devemos lembrar que para se evitar os vícios, a primeira recomendação é a
prática de lazer e esporte.
Recomendamos
um cuidado especial no lazer, no que diz respeito aos jogos de azar e apostas,
televisão em excesso e o uso dos computadores, especialmente quanto às probabilidades
pornográficas da internet e jogos eletrônicos que infundam violência, ocultismo
e sensualidade.
Sobre as
artes marciais, não temos nenhuma objeção às de intuito desportivo olímpico ou
profissional. Os intuitos de combate pessoal devem ser rejeitados, pois são
contrários aos princípios cristãos. Também recomendamos que se evitassem os
atributos das artes marciais que são ligados às filosofias e religiões.
Quanto à
música, ao cinema e as artes seculares, deve haver critério, moderação e
separação entre o que é santo e o que é profano, entre o que nos aproxima de
Deus e o que nos afasta dele, preferindo sempre cultivar a música e as artes cristãs.
Bebida Alcoólica e Tabaco
O alcoolismo
e o narcotismo é uma das maiores mazelas da sociedade brasileira atual e a
causa de inúmeras perdas em acidentes de trânsito, crimes passionais e violência
doméstica. Também o contexto cultural brasileiro entende que o cristão não faz
uso de álcool e tabaco, muito menos de narcóticos.
A Igreja
Batista Plenitude de Jaú aconselha seus membros à abstinência do álcool e do tabaco,
considerando que, muito embora a bíblia não seja contra o consumo moderado de
bebida alcoólica, nem possua mandamento especifico quanto ao fumo, essa é a
maneira mais segura de se evitar os malefícios causados pelo seu consumo, tais
como a embriaguez e a degradação da saúde, que são uma violação clara aos
mandamentos bíblicos.
Compreendemos
que tais vícios são também doenças e, portanto tratáveis, logo é dever de cada
um reconhecer a necessidade de buscar pela libertação, cura e o abandono de
tais hábitos. Nós estimulamos que os irmãos que possuam vícios procurem
tratamento médico adequado junto aos profissionais de saúde competentes.
Quanto ao
batismo das pessoas que possuam vícios cremos que cada indivíduo tem a
liberdade de escolha a se batizar por fé. Os casos pertinentes serão julgados
soberanamente pela membresia da igreja mediante pedido pessoal do candidato a
batismo.
Concubinato, Divórcio e Novo Casamento
Não fazemos
restrição ao divórcio, observando os textos bíblicos próprios. Entendemos que o
divórcio é tolerado por Deus nas situações previstas, quais sejam, adultério e abandono
do lar em razão da fé.
Quanto ao
novo casamento, entende-se também ser tolerado por Deus para aqueles que
sofreram o agravo no processo de separação.
No caso de
divórcio a igreja só celebrará um segundo casamento da parte ofendida.
Será
tolerado o concubinato apenas daqueles que o contraírem antes do exercício da fé,
seguindo-se sempre a procura pela formalização e legitimação do casamento.
O
concubinato e o segundo casamento poderão impedir o membro de receber ordenação
diaconal ou pastoral, e também de exercer funções junto a Diretoria Executiva
da igreja, exceto pelo segundo casamento em caso de viuvez. Cada caso deverá
ser deliberado dentro de seu contexto e razões particulares.
Apresentação Pessoal
Consideramos
que o uso de adornos pessoais deve ser feito com sobriedade, domínio, modéstia,
bom senso, decência, simplicidade e sem finalidades ostensivas em si mesmas.
Devem ser
uma forma de expressar com singeleza os elementos da nossa cultura e da alegria
saudável do viver cristão, pois entendemos que o próprio Deus demonstrou,
através da criação, um apurado senso estético e seu gosto pela beleza.
Somos
contrários ao uso autoritário de imposições quanto ao vestuário. Este assunto
deve ser tratado nos níveis do indivíduo, da família e da igreja, dentro das
orientações bíblicas, aplicadas ao contexto sociocultural.
O princípio bíblico
neotestamentário quanto à vestimenta e indumentária é de que cada cristão deve
apresentar-se sóbrio, modesto e moderado, compreendendo que a sensualidade e a
ostentação são posturas inconvenientes, tanto para as mulheres, quanto para os
homens.
O cristão é o
templo do Espírito Santo e deve glorificar a Deus com seu corpo, cultivando
hábitos saudáveis de higiene pessoal e limpeza.
Cada cristão
é mordomo de si mesmo, dotado de liberdade e responsabilidade pela
administração de todas as áreas de sua vida. O verdadeiro cristão valoriza o
cultivo de valores morais e espirituais interiores, em detrimento dos valores
exteriores.
Não
utilizamos indumentárias litúrgicas cristãs (estolas, batinas, colarinho,
etc.), nem judaicas (quipá, talit, tefilin, filactérios, etc.).
Tatuagem e Body-Piercing
Quanto às
tatuagens e ao uso de Body-piercings o Novo Testamento não traz
determinação específica, por isso não o impedimos, mas consideramos que o seu uso
excessivo pode destoar de um caráter cristão moderado.
Deve-se ter
especial cuidado e critério quando da decisão ao seu uso, principalmente
daqueles procedimentos de difícil reversão.
É
indispensável a aprovação dos pais quando for pretendido fazê-lo por jovens e senso
de maturidade quando por adultos para não serem motivados por vão modismo, mas conservarem
a moderação e sobriedade de que nos adverte a Escritura.
Símbolos e Tipologia
Utilizamos
habitualmente o “Peixe” que é um dos mais primitivos símbolos cristãos em
alusão ao acrônimo grego ICTHYS (Iesous Christos Theou Yios Soter), traduzido
como: Jesus Cristo Filho de Deus e Salvador.
Também aceitamos
que a “Cruz” é um símbolo universal da cristandade, por isso não censuramos seu
uso e aplicação em roupas, pingentes, adesivos, etc. quando esta está vazia.
Recomendamos
cuidado para que não se façam desses símbolos e de quaisquer outros, ídolos ou
ícones de veneração, mas apenas uma linguagem não verbal que expresse a
presença da nossa fé.
Não adotamos
os símbolos do judaísmo, tais como o candelabro, a arca, bandeira de Irael e a
estrela de Davi e não associamos os tais à fé cristã.
Parte VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS
É muito
importante que esses assuntos sejam conhecidos de todos os membros da Igreja
Batista Plenitude de Jaú e que sejam debatidos, estudados e observados para o
bem da obra de Deus em nossa igreja.
Que Deus, em sua infinita misericórdia
auxilie cada um de nós a executar com esmero o dever cristão, buscando a
edificação pessoal e o consolo mútuo constantemente à luz das Sagradas
Escrituras. Amém.
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